Por Auro Doyle Sampaio

Na ABEE-SP, somos procurados por clientes, gestores e até profissionais para esclarecer sobre a abrangência da “Responsabilidade Técnica” de um profissional de Engenharia no cumprimento de obrigações contratuais, analisando possíveis consequências de atos ou omissões ou mesmo uma possível imprevisibilidade contratual.

Não bastassem as armadilhas normais na execução de serviços dessa natureza, há um novo elemento: a garantia da entrega e da qualidade do serviço pelo contratado. Até pouco tempo, a resposta era simples: o contratado fora previamente aprovado por ter habilitação registrada e expedida pelo conselho de classe.

Atualmente, face à “modernização” de normativas governamentais para a formação técnica profissional, não há sua eficaz e imprescindível fiscalização, passando da certeza da boa formação para a de baixa qualidade e investimento perdido.

A formação profissional especializada é um cenário de horror, incluindo atualização online, curso técnico à distância, curso superior e pós-graduação EAD, com centenas de milhares de inscritos. Esses cursos registrados estão formando uma enorme quantidade de pessoas cuja efetividade profissional só será testada diante de um contratante real!

Dessa forma, caminhamos para desastres anunciados, tanto mais se recordarmos que falhas em obras de Engenharia, principalmente Infraestrutura, não atingem uma pessoa mas dezenas, centenas, senão milhares….

Para a ABEE-SP, a solução mais rápida e efetiva é a adoção de processos implantados com sucesso nas maiores economias mundiais, em atividades além da Engenharia, como Direito e Saúde, entre outras. A certificação profissional qualificada deve ser aplicada pelas enti- dades especializadas, com expertise histórica, como a própria ABEE-SP na área das Engenharias Elétrica, Eletrônica, Telecomunicações, Sistemas e Informação.

Isso requer empenho e determinação dos gestores da ABEE-SP e de seus associados em fortalecer o reconhecimento e a valorização do bom profissional de Engenharia, aquele que trabalha pelo bem-estar e pela segurança dos clientes e da coletividade.

Só se submeterão às certificações aqueles que desejam ser reconhecidos como diferenciados, em detrimento de aventureiros, inconsequentes e de clientes espertalhões que, sabendo da moral flexibilizada da prestação de serviços atual, contratam qualquer “obreiro”, não remunerando direito ótimas práticas de engenharia.

Isso fica claro nas negociações em que são usadas cotações de “pregões de ofertas” da internet, nos quais serviços de péssima qualidade são nivelados com empresas de engenharia com gerência e execução de profissionais de fato, sob a égide de uma ART emitida e recolhida pelo Conselho.

Auro Doyle Sampaio

Presidente

Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas – São Paulo (ABEE-SP)

Revista Sobretrilhos, pág. 18

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