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A eletrificação dos veículos é apontada como a principal saída para substituir os combustíveis fósseis e assim descarbonizar o setor global de transportes.

Contudo, no Brasil, a aposta no etanol em meio à crise do petróleo nos anos 1970, na época concretizada por meio do ProÁlcool, e o desenvolvimento dos motores flex, a gasolina e ao biocombustível, cerca de 30 anos depois, geram dúvidas sobre o ritmo de substituição por modelos elétricos que o país deve adotar.

Gastón Diaz Perez, presidente da Bosch, gigante do setor de autopeças, avalia que durante muito tempo haverá a coexistência entre motores elétricos e a combustão. E como os veículos elétricos ainda custam muito mais que os similares a combustíveis fósseis, ele defende que o foco deve ser em reduzir suas emissões, mas não necessariamente com carros a eletricidade.

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“Acho que a discussão não é eletrificação, mas descarbonização, porque o grande inimigo é a emissão de poluentes. Há várias opções para descarbonização, como carro a bateria, híbrido, hidrogênio, matriz energética verde, biodiesel, etanol, biogás, biocombustível. Cada uma dessas possibilidades é uma carta. Muitos países têm só uma carta. O Brasil tem o baralho completo”, disse ele, em entrevista ao Estadão.

A Bosch já fornece componentes para veículos elétricos, mas também está trabalhando com várias montadoras para o híbrido flex. Solução que, para Perez, faria muito sentido nas condições do Brasil, em especial quando se fala da infraestrutura que já está pronta, ao contrário do elétrico.

Enquanto isso, a venda de carros híbridos a gasolina e elétricos vem batendo recordes no país. Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), foram emplacadas 6,4 mil unidades desses modelos em maio, crescimento de 90% na comparação anual. De janeiro a maio, a alta foi de 59% em comparação com igual período do ano anterior, totalizando 26 mil unidades, informam Valor e Poder 360.

Ao todo, 152.453 carros híbridos e elétricos já circulam no Brasil. Já em relação aos veículos pesados – mais especificamente, aos ônibus – a eletrificação massiva parece ser a principal alternativa global para a descarbonização. Até 2032, cerca de metade dos ônibus do mundo serão totalmente movidos a bateria, assim como quase três em cada quatro ônibus vendidos, segundo o sétimo relatório anual de veículos elétricos da BloombergNEF, repercutido pelo Valor.

*notícia publicada pelo portal Clima Info em 13/06/2023

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