Aliança composta por mais de 50 entidades, empresas e organizações da sociedade civil vai elaborar proposta setorial para a COP30
A liderança da Coalizão para a Descarbonização dos Transportes se reuniu com o presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, para apresentar os avanços na elaboração de sua proposta de aceleração da descarbonização do setor de transporte. A previsão é que os resultados do trabalho sejam divulgados em março. O conselho consultivo da aliança é liderado pelo Sistema Transporte (CNT, SEST SENAT e ITL), CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), Grupo CCR e Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável.
Realizado nessa quarta-feira (19), no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília (DF), o encontro contou com a presença do presidente do Sistema Transporte, Vander Costa; da presidente do CEBDS, Marina Grossi; do CEO do Grupo CCR, Miguel Setas; e do coordenador do Núcleo de Mobilidade Urbana do Insper, Sérgio Avelleda.
Composta por mais de 50 empresas, entidades e organizações da sociedade civil, a Coalizão tem como missão produzir – a partir de um amplo diálogo entre os diferentes segmentos do setor de transporte – um documento conjunto com recomendações que ajudem o Brasil a avançar na redução da emissão de gases do efeito estufa em seis verticais: infraestrutura e transversalidade; mobilidade urbana; transporte rodoviário, transporte ferroviário, transporte aeroviário e transporte aquaviário. A intenção é contribuir para o governo federal no alcance das metas do Plano Clima e dos compromissos assumidos pelo país por ocasião da COP30.
“O grupo realizou um trabalho intenso que vai resultar em um documento robusto para levantar críticas e oferecer proposições para termos uma matriz de transporte que polua o menos possível”, enfatizou o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa.
Governança da Coalizão
A Coalizão para a Descarbonização dos Transportes é organizada em seis subsetores da cadeia de transporte nacional. Cada uma dessas verticais conta com a liderança de uma ou duas associações setoriais e a participação das principais entidades, organizações civis e empresas privadas a ela relacionadas. O MoveInfra e a ABDIB (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base) lideram o grupo de infraestrutura e transversalidade. Já o Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável e a ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos) coordenam o de mobilidade urbana.
A ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) encabeçam a frente de transporte rodoviário. A ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários) lidera o grupo do transporte ferroviário. A ABR (Associação dos Aeroportos do Brasil) e a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) conduzem a divisão do transporte aeroviário. E as associações Abac (armadores de cabotagem), Abani (navegação interior), ABTP (terminais portuários) e ATP (terminais portuários privados) lideram o grupo de trabalho do segmento aquaviário.
Para garantir o alinhamento entre os stakeholders, a Coalizão tem governança robusta, garantindo o debate ativo entre os subgrupos de trabalho. Os objetivos desse modelo são garantir discussões inclusivas e abranger todos os segmentos da cadeia produtiva de transporte, viabilizando o engajamento das partes e o consenso entre as propostas.
Com informação de Agência CNT Transporte Atual