Mobilidade Urbana Baixada Santista

Os dois projetos de mobilidade urbana selecionados cumprem as metas de sustentabilidade e podem ser internacionalizados

Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana (Semob) do Ministério das Cidades, representando o Brasil, teve dois projetos de mobilidade urbana selecionados para angariar apoio técnico e financeiro do programa Euroclima+.

As propostas que receberão suporte são para a Baixada Santista, no Estado de São Paulo, com o desenvolvimento do Plano Metropolitano de Mobilidade Urbana, e para Teresina, no Estado do Piauí, onde será desenvolvida plataforma reunindo todos os atores ligados à mobilidade urbana local.

“A missão do Ministério das Cidades, por meio da SeMob, é acompanhar e apoiar, tecnicamente e institucionalmente, a execução dos projetos, trabalhando para a obtenção dos melhores resultados, que poderão, inclusive, ser compartilhados e utilizados por outros países”, esclareceu a gerente de projetos Martha Martorelli, ponto focal do Brasil para o setor.

Martorelli explicou ainda que o planejamento da mobilidade urbana ajuda a cumprir as metas de redução de emissão de poluentes propostas pelo Acordo de Paris de 2015. “A poluição na atmosfera das cidades, gerada pelos transportes urbanos, e o impacto dos fenômenos climáticos na infraestrutura urbana fazem com que planejar a mobilidade urbana, desenvolver veículos que utilizam energia mais limpa e adotar medidas de mitigação e adaptação para as mudanças climáticas sejam ações urgentes nas cidades brasileiras”, diz. Ela ressaltou que o compromisso do Brasil é reduzir 37% nas emissões de gases até 2025.

O Acordo de Paris é um tratado feito no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), que rege medidas de redução de emissão dióxido de carbono a partir de 2020. O acordo foi negociado durante a COP-21 em Paris e foi aprovado em 12 de dezembro de 2015.

O Brasil inscreveu quatro propostas para concorrer aos recursos, com duas selecionadas entre dez. O setor de mobilidade urbana pretende alcançar a meta para reduzir o efeito negativo aumentando a utilização de transportes públicos e dos modos não motorizados de deslocamento, principalmente, nos deslocamentos cotidianos.

Projetos de mobilidade urbana selecionados

Plano Metropolitano de Mobilidade Urbana – Baixada Santista (SP)

O Plano Metropolitano de Mobilidade Urbana será desenvolvido na Baixada Santista (SP), levando em consideração os aspectos ambientais da Mata Atlântica, a alta concentração de indústrias pesadas na cidade de Cubatão, o impacto do maior porto da América Latina e os deslocamentos de cargas dele decorrentes. Além da população de mais de 1.700.000 habitantes que se locomovem de uma cidade a outra na região para atividades cotidianas. O tratamento da mobilidade urbana regional de uma das áreas metropolitanas com maior índice de complexidade no Brasil corroborará com o êxito do planejamento regional feito pela equipe técnica da Semob.

Blockchain – Teresina (PI)

O Projeto de desenvolvimento de uma plataforma de mobilidade urbana será promovido em Teresina (PI) e reunirá todos os atores ligados à mobilidade local. Com intuito de conceder transparência e eficiência ao Sistema de Mobilidade Urbana, o projeto irá compilar dados que serão compartilhados e confrontados por operadores e pelo Poder Público local, com a participação de conselhos municipais e representantes da sociedade civil. O modelo, denominado Blockchain, nunca antes aplicado à mobilidade urbana, poderá ser aplicado em todas as cidades do país.

A coordenação dos projetos brasileiros na Europa será feita pela AFD – Agência Francesa de Desenvolvimento (Agence Française de Développement).

Euroclima+ é um programa regional da União Europeia que visa apoiar a sustentabilidade ambiental e as medidas de mitigação e adaptação aos efeitos de mudança climática na América Latina. O objetivo geral do programa é promover desenvolvimento ambientalmente sustentável e resiliente às mudanças climáticas em 18 países latino-americanos, bem como fornecer apoio técnico e financeiro para o desenvolvimento e aplicação de políticas de adaptação e mitigação contra as alterações climáticas facilitando o diálogo sobre políticas regionais e ação climática.

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