Nova estratégia prevê navegação nos rios Pinheiros e Tietê, ecoparques e mobilidade urbana eficiente
A cidade de São Paulo está prestes a inaugurar uma nova era em sua relação com os recursos hídricos por meio do Plano Municipal Hidroviário (PlanHidro SP). Esta iniciativa visa transformar rios e represas em vias navegáveis para transporte de cargas e passageiros, além de promover lazer, ecoturismo e educação ambiental. O projeto abrange os rios Pinheiros e Tietê, bem como os reservatórios Billings e Guarapiranga.
Principais Objetivos do PlanHidro SP na promoção das hidrovias urbanas:
- Transporte Sustentável: Utilizar aproximadamente 180 km de hidrovias para reduzir a dependência do transporte rodoviário, diminuindo as emissões de gases de efeito estufa e melhorando a mobilidade urbana.
- Preservação Ambiental: Implementar ações para resgatar a qualidade das águas, promovendo a recuperação ambiental e a sustentabilidade dos corpos hídricos.
- Lazer e Ecoturismo: Desenvolver ecoparques, clubes de vela e feiras em barcos, incentivando atividades recreativas e turísticas nas margens dos rios.
- Governança Compartilhada: Estabelecer uma gestão integrada e participativa dos recursos hídricos, envolvendo diversos órgãos municipais e a sociedade civil.
O PlanHidro SP está sendo elaborado por um Grupo de Trabalho Intersecretarial (GTI), coordenado pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e integrado por 17 órgãos municipais. Além disso, a SMUL firmou um Acordo de Cooperação Técnica com a Universidade de São Paulo (USP) para desenvolver estudos de viabilidade arquitetônica e urbanística das áreas ribeirinhas, focando no uso múltiplo das águas.
Desde maio de 2024, a cidade já opera o “Aquático”, um ônibus-barco que cruza a Represa Billings, oferecendo uma alternativa ao trânsito congestionado da Avenida Belmira Marin, na Zona Sul. Este serviço pioneiro demonstra o potencial do transporte hidroviário na melhoria da mobilidade urbana.
A implementação do PlanHidro SP representa um marco significativo na promoção de um desenvolvimento urbano mais sustentável e na reconexão da população paulistana com seus recursos hídricos.
