Leilão para executar o empreendimento será realizado na Bolsa de Valores

Por Aline dos Santos

O processo de licenciamento ambiental da Nova Ferroeste, que vai ligar por trilhos Maracaju ao Porto de Paranaguá (Paraná), teve avanço nesta semana. Os estudos foram apresentados para a comunidade da Terra Indígena Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras, comunidade do Paraná que está incluída no traçado da ferrovia.

Com investimento de R$ 35,8 bilhões, o leilão para executar o empreendimento será realizado na B3 (Bolsa de Valores). O vencedor vai executar as obras e operar a malha ferroviária por 99 anos.

Após o aval das lideranças, pactuado em ata, a Funai (Fundação Nacional do Índio) vai recomendar ao Ibama (Instituto Nacional dos Recursos Naturais Renováveis) a continuidade do processo.

 A terra indígena estabelecida em 1913 abriga 11 aldeias, com mais de 3.200 habitantes, a maioria descendentes das etnias kaingang e guarani. Desde a construção da Ferroeste, na década de 1990, a comunidade indígena convive com a circulação das locomotivas que passam a menos de dois quilômetros da área.

“Com a aprovação pelos indígenas, a Funai pode dar a sua anuência para a emissão da licença prévia com relação ao componente indígena”, disse o coordenador da Funai, Rodrigo Bulhões Pedreira. Segundo ele, o órgão considera que o empreendimento é viável do ponto de vista da preservação das tradições da comunidade.

O cacique Angelo Rufino afirmou que o trabalho levou em consideração os anseios dos moradores. “ A comunidade tem convivência com o trem que passa perto do limite da nossa região, sempre escutamos o barulho. Esses programas apresentados contemplaram a nossa cultura, a nossa tradição do artesanato, o resultado foi como a gente esperava”.

Em Mato Grosso do Sul, a Nova Ferroeste vai passar por oito municípios: Maracaju, Itaporã, Dourados, Caarapó, Amambai, Iguatemi, Eldorado e Mundo Novo. O titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, destacou o avanço na tratativa com as comunidades indígenas.

"Nos ajuda a avançar mais uma etapa e conseguir o licenciamento ambiental junto ao Ibama de forma mais célere. Hoje, cerca de 40% da produção de grãos do Estado já sai pelo porto de Paranaguá. Com a ferrovia, esse transporte terá ainda mais agilidade, com redução nos custos logísticos em pelo menos 30%, permitindo ao produtor rural sul-mato-grossense ter uma boa margem de negociação”, diz o secretário.

O projeto vai expandir a atual Ferroeste, com ramais para Foz do Iguaçu e Cascavel, num total de 1.567 quilômetros.

Fonte: Campo Grande News

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