A Receita Federal, em conjunto com forças de segurança, realizou uma operação de fiscalização na Hidrovia Tietê-Paraná entre os dias 10 e 15 de fevereiro de 2025, com foco no combate a crimes como contrabando, descaminho e sonegação fiscal.
A ação, que mobilizou agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e da Marinha do Brasil, reforça a importância do controle e da segurança no transporte hidroviário de cargas, setor estratégico para a logística nacional.
Detalhes da operação na Hidrovia Tietê-Paraná
A operação de fiscalização na Hidrovia Tietê-Paraná inspecionou mais de 150 embarcações e 2.200 toneladas de mercadorias, identificando irregularidades em 18% dos casos. Entre os principais achados estão:
- Carga não declarada: Produtos eletrônicos e autopeças importadas sem documentação fiscal.
- Subfaturamento: Mercadorias com valor declarado até 40% abaixo do preço de mercado.
- Falsificação: Certificados de origem adulterados para grãos e minérios.
Segundo a Receita Federal, a hidrovia, que movimenta cerca de 12 milhões de toneladas/ano entre São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, é alvo prioritário devido ao alto fluxo de cargas de alto valor agregado.
Segurança em hidrovias e seu impacto no transporte de cargas
A segurança em hidrovias é um pilar fundamental para a eficiência logística, como destacado em análise recente publicada no Conexão Sobretrilhos. O artigo de Gustavo Diniz Junqueira ressalta que a fiscalização rigorosa reduz riscos de acidentes, desvios de mercadorias e perdas econômicas, além de garantir a integridade de infraestruturas críticas.
No contexto da Hidrovia Tietê-Paraná, responsável por 30% do transporte de grãos da região Centro-Oeste, operações como essa são vitais para:
- Proteger cadeias produtivas: Evitar fraudes que prejudicam produtores rurais e indústrias.
- Manter competitividade: Reduzir custos indiretos associados a roubos e atrasos.
- Fortalecer a economia: Garantir arrecadação fiscal justa e investimentos em melhorias estruturais.
Resultados e próximos passos
Além de R$ 8,7 milhões em mercadorias apreendidas, a operação gerou 48 autos de infração e identificou R$ 23 milhões em tributos sonegados. A Receita Federal anunciou que ações semelhantes serão ampliadas em 2025, com uso de drones e sistemas de rastreamento em tempo real.
“A hidrovia é um patrimônio logístico do país, e nossa atuação visa coibir práticas que desequilibram o mercado e colocam em risco a segurança das operações”, afirmou Carlos Eduardo Silva, coordenador-geral de Fiscalização da Receita Federal.